sexta-feira, 31 de julho de 2009

dengue


Dengue - Saiba como se prevenir...
O que é dengue
Modo de transmissão
Locais onde ocorre a doença
Sintomas
O mosquito
Medidas gerais de prevenção
Perguntas mais frequentes
Links para consulta e informações
O que é dengue
É uma doença infecciosa aguda de curta duração, de gravidade variável, causada por um arbovírus, do gênero Flavivírus (sorotipos: 1,2,3 e 4). No Brasil, circulam os tipos 1, 2 e 3. O vírus 3 está presente desde dezembro de 2000 e foi isolado em janeiro de 2001, no Rio de Janeiro.
A dengue é transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti infectado mas também pelo Aedes albopictus. Esses mosquitos picam durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica durante a noite.
O Aedes aegypti é principalmente encontrado em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil, pois as condições do meio ambiente favorecem seu o desenvolvimento e proliferação.
As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos. A dengue está se expandindo rapidamente, e a grande preocupação é que nos próximos anos a transmissão aumente por todas as áreas tropicais do mundo se medidas eficientes não forem tomadas para a contenção das epidemias.
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Modo de transmissão
A transmissão se dá pela picada do mosquito Aedes aegypti que ficou infectado porque picou uma pessoa doente. Esse mosquito infectado, picando uma pessoa sadia, passa o vírus da dengue e esta pessoa fica doente. A doença só acomete a população humana.
Os transmissores de dengue, principalmente o Aedes aegypti, proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações (casas, apartamentos, hotéis etc.) em qualquer coleção de água limpa (caixas d'água, cisternas, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas). As bromélias, que acumulam água na parte central (aquário), também podem servir como criadouros. A transmissão da dengue é mais comum em cidades. Também pode ocorrer em áreas rurais, mas é incomum em locais com altitudes superiores a 1200 metros.
Não há transmissão pelo contato direto de uma pessoa doente para uma pessoa sadia. Também não há transmissão pela água, por alimentos ou por quaisquer objetos. A dengue também não é transmitida de um mosquito para outro. Quem pica é a fêmea e o faz para sugar o sangue. Os mosquitos acasalam 1 ou 2 dias após tornarem-se adultos. A partir daí, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que fornece as proteínas necessárias para o desenvolvimentos dos ovos. As fêmeas têm preferência pelo sangue humano. Elas atacam vorazmente. São ativas durante o dia, podendo picar várias pessoas diferentes, o que explica a rápida explosão das epidemias de dengue.
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Locais onde ocorre a doença
No Brasil, a erradicação do Aedes aegypti na década de 30, levada a cabo para o controle da febre amarela, fez desaparecer também a dengue. No entanto, em 1981 a doença voltou a atingir a Região Norte (Boa Vista, Roraima). No Rio de Janeiro (Região Sudeste) ocorreram duas grandes epidemias. A primeira em 1986-87, com cerca de 90 mil casos, e segunda em 1990-91, com aproximadamente 100 mil casos confirmados. A partir de 1995, a dengue passou a ser registrada em todas as regiões do país e, em 1998, o número de casos chegou a 570.148. Em 1999 houve uma redução (210 mil casos), seguida de elevação progressiva em 2000 (240 mil casos) e em 2001 (370 mil casos). Nesse último ano, a maioria dos casos (149.207) ocorreu na região Nordeste.
No Estado de São Paulo, em 1990, começa uma grande epidemia na região de Ribeirão Preto, que se disseminou para outras regiões. Em 1995, já haviam 14 municípios envolvidos com a transmissão da dengue.
As primeiras prováveis epidemias de dengue datam do final do século XVIII. Nesta época, a doença era conhecida como "febre quebra-ossos" devido às fortes dores que causava nas juntas. Já durante os séculos XIX e XX, foram registradas diversas epidemias ao redor do mundo atribuídas à dengue:
- Zazibar (1823; 1870),
- Calcutá (1824; 1853; 1871; 1905),
- Antilhas(1827),
- Hong Kong(1901),
- Estados Unidos (1922),
- Austrália (1925-26; 1942),
- Grécia (1927-28),
- Japão (1942-45).
Na década de 50, foi reconhecida e descrita pela primeira vez uma grave manifestação clínica associada à dengue, a febre ou dengue hemorrágica. Não se sabe bem porque, mas a dengue hemorrágica se comportou como uma doença relativamente rara antes da década de 50. Isso pode ter acontecido devido aos fatores de ordem social, como a intensa urbanização e maior intercâmbio entre as diferentes regiões do planeta, que podem ter contribuído para o aumento da incidência da dengue de maneira geral possibilitando o aparecimento de grandes contingentes populacionais com experiências imunológicas com a dengue, fazendo com que assim existisse o risco da dengue hemorrágica.
O Estado de São Paulo registrou a ocorrência de 78.614 casos autóctones (adquiridos no próprio Estado) de dengue, em 358 municípios, entre janeiro e outubro de 2007, com considerável expansão da doença para novas áreas. Durante todo o ano de 2006 foram registrados 50.021 casos em 254 municípios. Atualmente, temos 508 municípios infestados com o Aedes aegypti, excluindo-se apenas alguns municípios do Vale do Ribeira e do Paraíba e das Regiões Metropolitanas de São Paulo e de Campinas.
O único modo possível de evitar a introdução de um novo tipo do vírus da dengue é a eliminação dos transmissores. O Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela.
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Sintomas
A dengue clássica é usualmente benigna. A infecção causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus da dengue produz as mesmas manifestações. A determinação do tipo do vírus da dengue que causou a infecção é irrelevante para o tratamento da pessoa doente. A dengue é uma doença que, na grande maioria dos casos (mais de 95%), causa desconforto e transtornos, mas não coloca em risco a vida das pessoas. Inicia-se com febre alta, podendo apresentar cefaléia (dor de cabeça), prostração, mialgia (dor muscular, dor retro-orbitária - dor ao redor dos olhos), náusea, vômito, dor abdominal. É freqüente que, 3 a 4 dias após o início da febre, ocorram manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou rubéola, e prurido ("coceira"). Também é comum que ocorram pequenos sangramentos (nariz, gengivas).
A maioria das pessoas, após quatro ou cinco dias, começa e melhorar e recupera-se por completo, gradativamente, em cerca de dez dias.
Em alguns casos (a minoria), nos três primeiros dias depois que a febre começa a ceder, pode ocorrer diminuição acentuada da pressão sangüínea. Esta queda da pressão caracteriza a forma mais grave da doença, chamada de dengue "hemorrágica". Este nome pode fazer com que se pense que sempre ocorrem sangramentos, o que não é verdadeiro. A gravidade está relacionada, principalmente, à diminuição da pressão sangüínea, que deve ser tratada rapidamente, uma vez que pode levar ao óbito. A dengue grave pode acontecer mesmo em quem tem a doença pela primeira vez.
O doente se recupera, geralmente sem nenhum tipo de problema. Além disso, fica imunizado contra o tipo de vírus (1, 2, 3 ou 4) que causou a doença. No entanto, pode adoecer novamente com os outros tipos de vírus da dengue. Em outras palavras, se a infecção foi com o tipo 2, a pessoa pode ter novamente a dengue causado pelos vírus dos tipos 1, 3 ou 4. Em uma segunda infecção, o risco da forma grave é maior, mas não é obrigatório que aconteça.
Existem diferentes teorias para explicar o surgimento da dengue hemorrágica. Alguns afirmam que ela passa a ter alta incidência em uma população já anteriormente exposta a um outro tipo de vírus da dengue. Seria a exposição seqüencial a um segundo diferente tipo de vírus, que causaria a dengue do tipo hemorrágica. Para outros, a dengue hemorrágica dependeria da maior virulência de determinadas cepas do vírus, isto é, existiriam formas virais mais agressivas do que outras. Uma última explicação seria que as formas hemorrágicas da dengue estariam mais associadas ao tipo 2 do vírus.
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O mosquito
O Aedes aegypti pertence à família Culicidae, a qual apresenta duas fases ecológicas interdependentes: a aquática, que inclui três etapas de desenvolvimento - ovo, larva e pupa -, e a terrestre, que corresponde ao mosquito adulto.
A duração do ciclo de vida, em condições favoráveis, é de aproximadamente 10 dias, a partir da oviposição até a idade adulta. Diversos fatores influem na duração desse período, entre eles a temperatura e a oferta de alimentos.
Detalhes do ciclo de vida
OVO
Os ovos são depositados pela fêmeas acima de meio líquido à superfície da água, ficando aderidos à parede interna dos recipientes. Após a postura tem início o período de incubação, que em condições favoráveis dura 2 a 3 dias, quando estarão prontos para eclodir. A resistência à dessecação aumenta conforme os ovos ficam mais velhos, ou seja, a resistência aumenta quanto mais próximos estiverem do final de desenvolvimento embrionário. Este completo, eles podem se manter viáveis por 6 a 8 meses. A fase de ovo é a de maior resistência de seu biociclo.
LARVA
As larvas são providas de grande mobilidade e têm como função primária o crescimento. Passam a maior pare do tempo alimentando-se de substâncias orgânicas, bactérias, fungos e protozoários existentes na água. Não selecionam alimentos, o que facilita a ação dos larvicidas, bem como não toleram elevadas concentrações de matéria orgânica na água. A duração da fase larval, em condições favoráveis de temperatura (25 a 29º C) e de boa oferta de alimentos, é de 5 a 10 dias, podendo se prolongar por algumas semanas em ambiente adequado.
PUPA
A pupa não se alimenta, apenas respira e é dotada de boa mobilidade. Raramente é afetada por ação de larvicida. A duração da fase pupal, em condições favoráveis de temperatura é de 2 dias em média.
ADULTO
Macho e fêmea alimentam-se de néctar e sucos vegetais, sendo que a fêmea depois do acasalamento, necessita de sangue para a maturação dos ovos. Há uma relação direta, nos países tropicais, entre as chuvas e o aumento do número de vetores. A temperatura influi na transmissão da dengue. Raramente ocorre transmissão da dengue em temperaturas abaixo de 16º C. A transmissão ocorre preferencialmente em temperaturas superiores a 20º C. A temperatura ideal para a proliferação do Aedes aegypti estaria em torno de 30 a 32 ºC.
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Medidas gerais de prevenção
O melhor método para se combater a dengue é evitando a procriação do mosquito Aedes aegypti, que é feita em ambientes úmidos em água parada, seja ela limpa ou suja.
A fêmea do mosquito deposita os ovos na parede de recipientes (caixas d'água, latas, pneus, cacos de vidro etc.) que contenham água mais ou menos limpa e esses ovos não morrem mesmo que o recipiente fique seco. Não adianta, portanto, apenas substituir a água, mesmo que isso seja feito com freqüência. Desses ovos surgem as larvas, que, depois de algum tempo vivendo na água, vão formar novos mosquitos adultos.
O combate ao mosquito deve ser feito de duas maneiras: eliminando os mosquitos adultos e, principalmente, acabando com os criadouros de larvas. Para eliminação dos criadouros é importante que sejam adotadas as seguintes medidas:
- Não se deve deixar objetos que possam acumular água expostos à chuva. Os recipientes de água devem ser cuidadosamente limpos e tampados. Não adianta apenas trocar a água, pois os ovos do mosquito ficam aderidos às paredes dos recipientes. Portanto, o que deve ser feito, em casa, escolas, creches e no trabalho, é:
• substituir a água dos vasos das plantas por terra e esvaziar o prato coletor, lavando-o com auxílio de uma escova;
• utilizar água tratada com água sanitária a 2,5% (40 gotas por litro de água) para regar bromélias, duas vezes por semana*. 40 gotas = 2ml;
• não deixar acumular água nas calhas do telhado;
• não deixar expostos à chuva pneus velhos ou objetos (latas, garrafas, cacos de vidro) que possam acumular água;
• acondicionar o lixo domiciliar em sacos plásticos fechados ou latões com tampa;
• tampar cuidadosamente caixas d'água, filtros, barris, tambores, cisternas etc.
Para reduzir a população do mosquito adulto, é feita a aplicação de inseticida através do "fumacê", que deve ser empregado apenas quando está ocorrendo epidemias. O "fumacê" não acaba com os criadouros e precisa ser sempre repetido, o que é indesejável, para matar os mosquitos que vão se formando. Por isso, é importante eliminar os criadouros do mosquito transmissor. Além da dengue, se estará também evitando que a febre amarela, que não ocorre nas cidades brasileiras desde 1942, volte a ser transmitida.
- Medidas eficazes em residências, escolas e locais de trabalho (arquivo em PDF): Clique aqui
- Medidas Individuais de Prevenção
Devem ser adotadas medidas de proteção contra infecções transmitidas por insetos, que são as mesmas empregadas contra a febre amarela e a malária. É importante saber que, embora a transmissão dessas doenças possa ocorrer ao ar livre, o risco maior é no interior de habitações.
Em locais de maior ocorrência dessas doenças, deve-se usar, sempre que possível, calças e camisas de manga comprida, e repelentes contra insetos à base de DEET nas roupas e no corpo, sempre observando a concentração máxima para crianças (10%) e adultos (30%). Pessoas que estiveram em uma área de risco para dengue e que apresentem febre, durante ou após a viagem, devem procurar um Serviço de Saúde.
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Perguntas mais frequentes
1. O que é dengue?
É uma virose transmitida por um tipo de mosquito (Aedes aegypti) que pica apenas durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica de noite. A infecção pode ser causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus da dengue, que produzem as mesmas manifestações. Em geral, o início é súbito com febre alta, dor de cabeça e muita dor no corpo. É comum a sensação de intenso cansaço, a falta de apetite e, por vezes, náuseas e vômitos. Podem aparecer manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou da rubéola, e prurido (coceira) no corpo. Pode ocorrer, às vezes, algum tipo de sangramento (em geral no nariz ou nas gengivas). A dengue não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra.
2. O que uma pessoa deve fazer se achar que está com dengue?
- Procurar um Serviço de Saúde logo no começo dos sintomas. Diversas doenças são muito parecidas com a dengue, e têm outro tipo de tratamento.
- Beber bastante líquido, evitando-se as bebidas com cafeína (café, chá preto). Não tomar remédios por conta própria, mesmo aqueles normalmente indicados para dor ou febre. Todos os medicamentos podem ter efeitos colaterais e alguns que podem até piorar a doença. A dengue não tem tratamento específico. Os medicamentos são empregados para atenuar as manifestações (dor, febre).
- Informar ao médico se estiver em uso de qualquer remédio. Alguns medicamentos utilizados no tratamento de outras doenças (Marevan®, Ticlid® etc.) podem aumentar o risco de sangramentos.
- Não tomar nenhum remédio para dor ou para febre que contenha ácido acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Melhoral® etc.) - que pode aumentar o risco de sangramento.
Os antiinflamatórios (Voltaren®, Profenid ® etc) também não devem ser utilizados como antitérmicos pelo risco de efeitos colaterais, como hemorragia digestiva e reações alérgicas.
Os remédios que tem dipirona (Novalgina®, Dorflex®, Anador® etc.) devem ser evitados, pois podem diminuir a pressão ou, às vezes, causar manchas de pele parecidas com as da dengue.
O paracetamol (Dôrico®, Tylenol® etc), mais utilizado para tratar a dor e a febre na dengue, deve ser tomado rigorosamente nas doses e no intervalo prescritos pelo médico, uma vez que em doses muito altas pode causar lesão hepática.
3. Como é feito o diagnóstico de dengue?
O diagnóstico inicial de dengue é clínico (história + e exame físico da pessoa) feito essencialmente por exclusão de outras doenças. Feito o diagnóstico clínico de dengue, alguns exames (hematócrito, contagem de plaquetas) podem trazer informações úteis quando analisados por um médico, mas não comprovam o diagnóstico, uma vez que também podem estar alterados em várias outras infecções. A comprovação do diagnóstico, se for desejada por algum motivo, pode ser feita através de sorologia (exame que detecta a presença de anticorpos contra o vírus da dengue), que começa a ficar reativa ("positiva") a partir do quarto dia de doença.
4. É necessário esperar o resultado de exames para iniciar o tratamento?
Não. Uma vez que, excluídas clinicamente outras doenças, a dengue passa a ser o diagnóstico mais provável, os resultados de exames (que podem demorar muito) não podem retardar o início do tratamento. O tratamento da dengue é feito, na maioria das vezes, com uma solução para reidratação oral (disponível nas Unidades de Saúde), que deve ser iniciada o mais rápido possível.
5. A comprovação do diagnóstico de dengue é útil para o tratamento da pessoa doente?
Não. A comprovação sorológica do diagnóstico de dengue poderá ser útil para outras finalidades (vigilância epidemiológica, estatísticas) e é um direito do doente, mas o resultado do exame comumente estará disponível apenas após a pessoa ter melhorado, o que o torna inútil para a condução do tratamento. O exame sorológico também não permite dizer qual o tipo de vírus que causou a infecção (o que é irrelevante) e nem se a dengue é "hemorrágica".
6. O que é dengue "hemorrágica"?
Dengue "hemorrágica" é a dengue mais grave. Apesar do nome, que é impreciso, o principal perigo da dengue "hemorrágica" não são os sangramentos, mas sim a pressão arterial muito baixa (choque). É importante saber que outras doenças, como a meningite meningocócica, podem ser muito parecidas com a dengue, embora a pessoa fique grave muito mais rápido (logo no primeiro ou segundo dia de doença). A dengue pode se tornar mais grave apenas quando a febre começa a diminuir. O período mais perigoso está nos três primeiros dias depois que a febre começa a desaparecer. Pode aparecer qualquer uma dessas alterações:
- dor no fígado (nas costelas, do lado direito)
- tonteiras, desmaios
- pele fria e pegajosa, suor frio
- sangramentos
- fezes escuras, parecidas com borra de café
7. O que fazer se aparecer qualquer um desses sintomas?
Procurar imediatamente o Centro Municipal de Saúde ou o Hospital mais próximo.
8. A dengue "hemorrágica" só ocorre em quem tem dengue pela segunda vez?
Não. A forma grave da dengue também pode ocorrer em quem tem a doença pela primeira vez.
9. A dengue "hemorrágica" é obrigatória em que tem a doença pela segunda vez?
Não. O risco é maior do que na primeira infecção, mas a imensa maioria das pessoas que têm a doença pela segunda ou terceira vez não apresenta a forma grave da dengue.
10. Quantas vezes uma pessoa pode ter dengue?
Até quatro vezes, pois existem quatro tipos diferentes do vírus da dengue (1, 2, 3 e 4). No Rio de Janeiro, até agora, existem os tipos 1, 2 e 3. Cada vez que a pessoa tem dengue por um tipo, fica permanentemente protegido contra novas infecções por aquele tipo. É por isso que só se pode ter dengue quatro vezes.
11. Quem teve dengue fica com alguma complicação?
Não. A recuperação costuma ser total. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo.
12. Todo mundo que é picado pelo Aedes aegypti fica doente?
Não. Primeiro é preciso que o Aëdes esteja contaminado com o vírus da dengue. Além disso, cerca de metade das pessoas que são picadas pelo mosquito que tem o vírus não apresenta qualquer sintoma.
13. O que fazer para diminuir o risco de pegar dengue?
O Aedes aegypti é um mosquito doméstico, que vive dentro ou nas proximidades das habitações. O único modo possível de evitar ou reduzir a duração de uma epidemia e impedir a introdução de um novo tipo do vírus da dengue é a eliminação dos transmissores. Isso é muito importante porque, além da dengue, o Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela.
O "fumacê" é útil para matar os mosquitos adultos, mas não acaba com os ovos. Por isso, deve ser empregado apenas em períodos de epidemias com o objetivo de interromper rapidamente a transmissão. O mais importante é procurar acabar com os criadouros dos mosquitos. Qualquer coleção de água limpa e parada, inclusive em plantas que acumulam água (bromélias), pode servir de criadouro para o Aedes aegypti.
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Links para consulta e informações
• Slides para download
( arquivo em PDF zipado. Para descompactar e visualizar instale: WinZip e ACROBAT )
• Ministério da Saúde
• SUCEN - Superintendência de Controle de Endemias
• CIVES - Centro de Informação em Saúde para Viajantes
• CVE - Centro de Vigilância Epidemiológica
• FUNASA - Fundação Nacional da Saúde
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Editorial
O mundo que queremos ter
A atual geração tem responsabilidades crescentes sobre o destino da humanidade. O futuro se constrói hoje. Com 6 bilhões de habitantes, o planeta caminha para a desestruturação de padrões de vida minimamente civilizados.
As razões dos prognósticos constam de reportagem publicada ontem por A Notícia. Se conseguimos evitar a superpopulação e sua conseqüente falta de alimentos, prevista por Thomas Malthus, será difícil escapar do inchaço populacional, acompanhado da miséria de milhões de cidadãos que, cada vez mais, se concentrarão em regiões periféricas.
A vida só vale a pena quando lhe emprestamos algum sentido. A partir desta premissa, é natural que cada pessoa busque o melhor para si e para a comunidade mais próxima à sua volta. O problema é que uma das características do comportamento humano é o descaso com que cuida das coisas que, aparentemente, não estão ao alcance de compreensão.
Como cada um vive no seu mundinho particular, e os líderes políticos e estrategistas preferem pensar para as eleições seguintes e não para o futuro da coletividade, o caos urbano tende a recair, com força devastadora, sobre os filhos e netos dos que atualmente comandam os países e tomam as decisões.
Temos 6 bilhões de habitantes, hoje. Em 2050, seremos 8,9 bilhões, apesar de expectativa de redução de taxa de crescimento demográfico de 2% ao ano em 1970 para 1,33% em 2000.
O alerta sobre o futuro que espera as gerações vindouras parte de especialistas em demografia e infra-estrutura e serviços. Preocupa-os a concentração dos problemas sociais em megalópoles localizadas nos países pobres. As estimativas indicam que os países ricos só terão 1 bilhão de habitantes do total de 8,9 bilhões daqui a meio século.
A Europa e a América certamente serão continentes de velhos. Os desafios maiores estarão na África, na Ásia, na América Latina e em bolsões descuidados da Europa.
Hoje, a globalização empurra os países retardatários no rastro dos hegemônicos - Estados Unidos à frente.
Nada indica que esta situação deva mudar muito. O que deve estar presente nas mentes de cada um, e em especial na dos responsáveis pela formulação das políticas de desenvolvimento, é a necessidade de se respeitar a natureza, valorizar os recursos finitos, evitar o desperdício de elementos vitais à manutenção da qualidade de vida.
Nesta ótica, torna-se imprescindível equacionar e resolver dramas ainda pouco perceptíveis mas que já constam da agenda de preocupações de líderes lúcidos, e até de empresários conscientes.
Referimo-nos às questões ambiental e de escassez de água. São fatores decisivos para assegurar o equilíbrio social em todos os quadrantes. Estudos demonstram que estes serão alguns dos principais problemas a serem contornados. É um desafio a ser superado pelo engenho, técnica e sensibilidade social.
Portanto, se quisermos legar um mundo com condições adequadas de vida aos que nos sucederão, temos de pensar também em temas com repercussão no longo prazo.
Se é verdade que "a longo prazo todos nós estaremos mortos", como disse o pensador e economista Keynes, também é verdade que o egoísmo e a visão imediatista das coisas nos levarão a um abismo sem volta. No qual ricos e miseráveis se abraçarão, juntos, e sem perspectivas de felicidade.
O caos urbano tende a recair, com força devastadora, sobre os filhos e netos de quem hoje toma decisões
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Artigos
Sombras na Europa
BORIS FAUSTO
O recente êxito do assim chamado Partido Liberal, de ultradireita, nas eleições parlamentares austríacas, obtendo quase 27% dos votos, é motivo de forte preocupação. Seu avanço não é um acontecimento isolado e sim o ponto alto, até o momento, de uma escalada política, que ecoa na Itália, na Alemanha, na França.
O fato distingue-se até certo ponto dos atos de vandalismo - o exemplo mais recente é o da depredação de um cemitério judeu em Berlim -, dos desfiles nazistas, dos ataques a imigrantes pobres, tendo como alvo privilegiado turcos, árabes e negros africanos, que vêm ocorrendo em vários países da Europa. Mas participa do mesmo quadro mental intolerante e pode ser mesmo considerado mais perigoso, na medida em que expressa toda uma corrente da opinião pública.
Não se trata, evidentemente, de condenar a Áustria e os austríacos, sem distinções. Porém é preciso lembrar que o país nunca encarou de frente o trauma do Anschluss - a união com a Alemanha nazista -, assim como as feridas abertas pelo Holocausto.
O presidente da Áustria entre 1986 e 1992 (Kurt Waldheim), eleito pela democracia cristã, serviu como tenente do exército alemão na Segunda Guerra Mundial, na região dos Bálcãs, onde muitas unidades se envolveram em crimes de guerra. Embora houvesse fortes suspeitas contra seu passado, permaneceu incólume no poder, apesar das pressões internacionais.
Não se sabe ainda se o líder do Partido Liberal, Jorg Haider, terá condições de formar um novo governo. Seja como for, o importante é assinalar que a ultradireita alcançou um grande triunfo, estando muito próxima de se transformar no segundo partido da Áustria, depois da social-democracia.
Se Haider, diante da possibilidade de chegar ao poder, adota agora um discurso mais prudente, durante a campanha deu manifestações inequívocas de xenofobia e de simpatias pelo nazismo: declarou-se a favor da redução do número de imigrantes no país, onde constituem 12,5% da população, por métodos que podemos imaginar e, sem meias-palavras, afirmou, entre outras coisas, que os nazistas enfrentaram melhor o problema do desemprego do que os "incompetentes" social-democratas austríacos, atualmente no poder. Elogiou também as reuniões de antigos membros da SS, dado seu caráter sério e bem comportado.
A análise da migração de votos, de sua composição social e da faixa etária dos eleitores que votaram na ultradireita faz crescer a preocupação. A social-democracia sofreu uma considerável erosão, em favor do partido de Haider; este alcançou o primeiro lugar quando se considera apenas o voto operário, com 45% dos votos, e venceu também entre os votantes jovens, entre 19 e 29 anos de idade (35%).
Sem ceder à paranóia de acreditar que a Europa está à beira de recair na barbárie nazi-fascista, é preciso levar a sério a onda ultradireitista, denunciando suas ações e sua profunda perversão ideológica. Nesses tempos de reativação do tema dos direitos humanos, no plano internacional, é o mínimo que podemos fazer.
Boris Fausto, sociólogo e historiador/SP
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O tabu do incesto
Victor Alberto Danich
"O comportamento amoroso do homem civilizado traz a marca da impotência psíquica", dizia Sigmund Freud. A restrição que a civilização coloca sobre o amor envolve uma tendência universal de depreciar os objetivos sexuais. Daí, o estabelecimento da mais rigorosa severidade contra as relações sexuais incestuosas, em que toda a organização social desde os tempos primitivos pareceu servir a esse propósito, até incorporar-se como regra moral no inconsciente das sociedades atuais.
O tabu tem em si o sentido de alguma coisa que não pode ser tocada, expressado principalmente por proibições e restrições. Pode ser aplicado tanto ao que é sagrado, quanto ao que é profano, resultando na punição do transgressor. Nos agrupamentos primitivos, a exogamia (relações sexuais com outros grupos) era para impedir o incesto de um homem com a mãe ou irmãs, ou ainda o incesto grupal.
Não é de estranhar que, apesar de a sociedade estar organizada em função dessas regras, ainda sejam cometidos atos incestuosos, principalmente no seio da própria família, onde crianças e adolescentes, como diz o promotor de justiça Affonso Ghizzo Neto, "são invadidos e violados na sua sexualidade". Entretanto, essas ações não são estranhas à psicanálise e podem ser analisadas como atos compulsivos e obsessivos, chamados de fixação psíquica.
A dificuldade de resolver esses desvios está na própria natureza do ser humano, produto do extenso conflito entre a proibição e o instinto neurótico de quebrar a própria regra. Isso significa que o temor de desobedecer ao tabu apenas prova a renuncia a alguma coisa desejável. Freud concluiu que o tabu é uma censura imposta externamente e direcionada contra os anseios mais poderosos a que os seres humanos estão sujeitos. O desejo de violá-lo persiste no inconsciente tanto quanto sua proibição, num processo de ambivalência neurótica tão tortuosa como a própria existência histórica da humanidade.
Victor Alberto Danich, sociólogo, Jaraguá do Sul/ewald@netuno.com.br
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Crime e castigo
Salim Schead dos Santos
Edno Silva Santos, conhecido como "Tarzan", foi preso em flagrante pela Polícia Militar de Brasília pela prática de furto de energia elétrica. O apelido lhe foi aplicado depois que passou a morar numa árvore, próximo à torre de TV, onde construiu sua moradia, com restos de madeirite, papelão, telha e zinco. Inobstante a singela arquitetura utilizada na construção, destoando da paisagem urbana que consagrou Lúcio Cardoso e Oscar Niemeyer, o moço, de 26 anos, considerava-se feliz, pois, embora desempregado, tinha um teto para abrigá-lo das intempéries.
Tudo iria bem se "Tarzan"não fosse mordido pela ambição do consumo. Convenceram-no de que ele deveria ter luz em sua casa, que poderia ser modesta, mas necessitava de iluminação. Sem renda para pagar a ligação elétrica e o consumo e sem "sinhosinho" que lhe patrocinasse o sonho, optou pelo "jeitinho" brasileiro e efetuou um ligação clandestina. Era apenas uma lâmpada para aclarar, não só seu casebre, mas para manter acesa a esperança de que um dia a vida iria melhorar. Pôde assim usufruir desse conforto moderno por certo tempo, até seu crime ser descoberto por acaso. O foco de luz, no alto de uma árvore, despertou a atenção da autoridade policial, que, embora constrangida, como reconheceu, efetuou a prisão. "Temos de agir de acordo com a lei. É nosso dever", justificou-se.
A ligação clandestina de energia elétrica é considerada crime de furto e punida com pena mínima de um ano de reclusão, o que torna o crime inafiançável. Mas, mesmo que não o fosse, "Tarzan" não teria como pagar a fiança. A lei, contudo, é generosa. Permite que ao preso em flagrante seja concedida liberdade provisória desde que a ordem pública não tenha sido afetada, nem a ordem econômica, ou que o preso, uma vez solto, não vá prejudicar a instrução criminal ou tentar se evadir da cidade. A Constituição Federal, de outra parte, determina que a prisão seja comunicada imediatamente ao juiz e aos familiares do preso. Seus familiares, contudo, moram na Bahia. Mas quem iria pagar a chamada telefônica? Aliás, nem telefone eles tinham. Além do mais, numa cidade grande como Brasília, o comando constitucional não se opera tão rapidamente como deveria.
Qualquer pessoa com um mínimo de instrução ou com poder aquisitivo, desde que primária e com bons antecedentes, como Edno, não permaneceria presa, pois, ou constituiria um advogado para formular um pedido de liberdade provisória, ou orientaria seus familiares para que acompanhassem a comunicação da prisão ao juiz, para que este pudesse apreciar a possibilidade de ser-lhe concedida liberdade provisória.
A liberdade constitui-se num dos direitos fundamentais do homem. Como tal deve ser tratada. Qualquer restrição à liberdade deve ser medida excepcional. Num Estado democrático de direito, agride a consciência de todos os que se preocupam com os direitos humanos a prisão de quem quer que seja por tempo superior ao estritamente necessário.
O legislador constitucional, preocupado com os direitos fundamentais, determinou que "ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança" (Constituição Federal, artigo 5º, LXVI) . No entanto, para que se dê efetividade a esse comando e para que a prisão não se transforme num castigo, é necessário que haja nas delegacias de polícia um plantão da defensoria pública para atender aos que, como Edno, não têm família na localidade nem recursos para constituir um advogado que possa promover sua defesa. Que a prisão de Edno "ilumine" e sensibilize o legislador e os operadores jurídicos na avaliação dos casos de prisão em flagrante.
Salim Schead dos Santos, magistrado e professor da Uniplac em Lages/salim@iscc.com.br
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Cartas
Quem colocará o guiso no gato?
Relembrando velhas estórias que a cultura do tempo perpetuou, a "Assembléia do Ratos" cabe como uma luva para comentar a volta de Paulo Afonso a Santa Catarina, prevista para o final do ano. "Numa localidade, um gato de longos bigodes e mal encarado dizimava a população roedora e causava terror e preocupação. Os ratos reuniram-se em assembléia para traçar uma estratégia e conter o felino. Aos debates acalorados, seguiram-se as sugestões mais absurdas. Até que um ratinho sem expressão, do baixo clero, do interior, sugeriu timidamente que fosse colocado um guiso (cincerro) no pescoço da fera e, assim, quando se aproximasse, todos os ratos poderiam fugir em tempo e salvar a pele. A sugestão foi aplaudida. Ovacionaram o autor, carregado em triunfo pela sua inteligência. Foi quando um ancião da comunidade pediu silêncio e questionou:
- Quem vai colocar o guiso no pescoço do gato?
Assim são as coisas. Mais dia, menos dia, o ex-governador Paulo Afonso voltará a Santa Catarina. A simples perspectiva do retorno causa alarido e preocupação ao PMDB, ainda ferido pelos resultados das eleições de 1998 e, até o momento, incapaz de fazer oposição. A entrada do ex-governador na cena catarinense, no momento em que se renovam os diretórios e se intensificam as negociações para as eleições municipais de 2000, pode não ser oportuna. Mas é inevitável.
Mesmo com todos os erros acumulados em seu governo, a maioria em razão da absoluta falta de ressonância entre a administração e a direção partidária, ninguém pode negar que Paulo Afonso deixou obras importantes no Estado. Fez um governo impopular, é verdade, pelas contas que não pagou. No entanto, deixou intacto o patrimônio público estadual. Seu maior pecado foi não ter ouvido as bases do partido, que não queriam a reeleição e lhe teriam dado a maior votação de todos os tempos para uma cadeira no Congresso.
Hoje, sem tribuna e sem imprensa, o ex-governador não pode e não deve assustar. O PMDB, mesmo com a fraca liderança estadual que o dirige, por enquanto, deverá estar preparado para dar a Paulo Afonso o direito de defesa, incorporá-lo ao processo partidário e começar a comparar o passado com as "obras morais" do atual governo do Estado. Então, terá encontrado a fórmula de colocar o guiso no pescoço do gato.
Adgar Z. Bittencourt, Joaçaba/adgar@cnx.com.br
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Pacote mal costurado
As festas de outubro
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Fôlego para estaleiros
O ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias, visita Itajaí dia 22, para anunciar programa de apoio à indústria de construção naval e conhecer os estaleiros locais que, apesar da crise, detém tecnologia de ponta. O ministro participará do lançamento do navio gaseiro, um modelo especial fabricado pelo Estaleiro Itajaí a um custo de US$ 30 milhões. É o primeiro de quatro navios equipados com três grandes cilindros de aço para o transporte seguro de gás de cozinha. O estaleiro Itajaí emprega 800 pessoas e projeta ampliar o quadro para 1,2 mil empregados. A empresa construiu recentemente 20 lanchas para a Marinha do Brasil e recuperou dois navios adquiridos da marinha britânica. O prefeito de Itajaí, Jandir Bellini (PPB), diz que a indústria naval atravessa período de crise. Ele estima que, com o apoio do governo federal, a indústria naval brasileira consiga retomar o desenvolvimento, retirando o transporte naval interno e externo das mãos dos oligopólios internacionais. A indústria da construção naval de Itajaí já foi uma das mais importantes do País, atravessando um quadro avassalador de recessão no final da década de 70 e durante toda a de 80. Depois disso, deflagrou processo de recuperação, lento, mas gradativo, investindo no atendimento da frota pesqueira e em embarcações de recreio. Agora, planeja vôos mais altos.
Combustíveis
O Ministério da Fazenda, através da Delegacia de Administração do Paraná, faz tomada de preços para compra e depósito de combustíveis destinados a veículos do órgão da frota daquele Estado, em trânsito ou em uso nas cidades de Florianópolis, Joaçaba, Chapecó, Criciúma, Joinville e Blumenau. Informações pelos telefones (41) 320-8062 e 320-8063. As propostas serão abertas dia 29.
Impasse
O prefeito de Rio do Sul, Nódgi Pellizzetti (PPS), e o reitor da Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí, Jaime Pasqualini, começam a discutir a forma de ocupação de área onde os rios Itajaí-açu e Itajaí do Oeste se encontram. No local, um sítio histórico penhorado pelo Badesc, a Unidavi pretende instalar uma faculdade de lazer, turismo e hotelaria. Pellizzetti quer transformá-la em parque de lazer.
Restauração
A catedral de Santo Antônio, de Chapecó, um dos mais importantes símbolos culturais, arquitetônicos e religiosos do Oeste catarinense, vai ser restaurada em parceria com a iniciativa privada. Campanha a ser lançada nos próximos dias pretende arrecadar R$ 150 mil para amplas reformas internas e externas da edificação. Uma pesquisa de opinião pública mostrou adesão maciça dos fiéis à idéia.
Em alta
Cerâmica esmaltada, carpete 6mm, tijolos de oito furos e azulejo branco extra foram os principais responsáveis pela elevação de 0,52% do custo unitário básico da construção civil (CUB) para o mês de outubro, informa o Sindicato da Indústria da Construção Civil. A pesquisa avalia 39 produtos. Desses, 24 itens tiveram acréscimo de preços e outros 11, uma diminuição. O CUB foi para R$ 462,11, contra R$ 459,71 em setembro.
Cansou
O prefeito de Brusque Hylário Zen (PPB) avisa: cansou de receber pedradas gratuitamente, segundo ele, de uma oposição em maioria na Câmara de Vereadores, responsável por sistemática rejeição de projetos considerados importantes. Agora, nomeou o chefe de gabinete Reinaldo Cordeiro como seu porta-voz e lhe deu a missão de não deixar nenhuma vírgula sem resposta, num contra-ataque que promete muito bate-boca.
Cavalos aidéticos
Técnicos da Cidasc e movimentos de tradições gaúchas assinaram convênio para levantamento do número de cavalos portadores da chamada "aids eqüina" no Estado. Trata-se de doença infecciosa causada por vírus, provocando fraqueza muscular, alterações respiratórias e cardíacas, falta de apetite, febre e edemas no peito, levando os animais à morte. Estima-se que a doença ataque um animal em cada lote de mil.
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Curtas
Positivo - O secretário-executivo do Banco da Terra, Max Bezerra, derreteu-se em elogios ao governador Esperidião Amin (PPB), que teve a iniciativa, quando senador, com o deputado Hugo Biehl (PPB). No Estado, o programa já atingiu 400 famílias, liberando R$ 10 milhões.
Música - A banda do Serviço Social da Indústria de de Jaraguá do Sul aproveita as festas de outubro e lança seu primeiro CD. O disco, com 12 faixas, faz parte das comemorações dos dez anos de fundação do grupo musical.
Filiado - Fundador do PDT e candidato a prefeito pelo PMDB, o empresário Gelásio Pacher filiou-se ao PT de Rodeio que, parece, o terá como candidato à Prefeitura em 2000. Ex-empregados seus tentam cobrar direitos na Justiça do Trabalho, em Indaial.
Migrou - Ainda em Rodeio, Valdemiro Grundmann, que já passou pelo PDT, PPB e PRN, está agora no PPS. Já foi prefeito de Timbó, tendo assumido com o afastamento do ex-prefeito Juvêncio Slomp, hoje no PTB.
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Frases
"O governo dá R$ 1,2 bilhão ao banco Marka e quer tirar R$ 2 bilhões dos velhinhos?"
Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda (PPS), a respeito do pacto para a Previdência proposto por FHC
"O governo está perdidão."
Idem, sobre o mesmo assunto
"As decisões têm um preço alto."
Fernando Henrique Cardoso, presidente (PSDB), comentando o déficit da Previdência
"Optou-se por fazer uma distribuição equitativa dos sacrifícios."
Everardo Maciel, secretário da Receita Federal, comentando modificações na legislação do Imposto de Renda
"O que vai prevalecer sempre são os interesses do Brasil."
Armíno Fraga, presidente do Banco Central, ao receber bandeira dos Estados Unidos do sem-terra Ezequiel dos Santos
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direitos do consumidor


Quais são os direitos do CONSUMIDOR?
Todas as pessoas são consumidoras de bens e de serviços. A Lei nº 8.078, de 11/09/90, em vigor desde 11/03/91, protege e defende o consumidor.
Ao contratar um serviço, exija a NOTA FISCAL ou RECIBO que prove a quantia paga, o serviço feito, a data, o nome completo da pessoa, o serviço, o número da cédula (Carteira de Identidade) do CPF, assinatura do responsável. Caso o serviço apresente defeitos, você terá onde e como reclamar e ser respeitado como consumidor.
A lei atual é conhecida como o Código de Proteção e Defesa do Consumidor (CDC).
Por exemplo, você sabia que, numa compra que você faz por telefone, por fax, pelo reembolso postal (fora do estabelecimento comercial do vendedor) você tem 07 (sete) dias para devolver o produto, se o mesmo não for aquilo que você pensava que fosse, sem qualquer despesa?
E se você já pagou?
Terá direito de receber, integralmente, todo o seu dinheiro de volta.
A lei é boa, mas você precisa conhecê-la!
Qual o prazo para reclamações?
O prazo para reclamar de um defeito em produto comprado é de 30 dias, se o bem não for durável (bens de pouca durabilidade; ex.: alimentos), é de 90 dias, se o bem for durável, (eletrodoméstico, por ex.), se o defeito for aparente.
Se você só percebeu o defeito depois de certo tempo, diz-se que o defeito estava oculto. O prazo para reclamação será também de 90 dias, contado a partir da data em que o defeito for encontrado e reclamado, para os bens duráveis, e, de 30 dias, para os bens não duráveis, a partir do momento da constatação do defeito.
Se um bem causar dano ao seu comprador, este tem o prazo de 5 anos para ajuizar a ação de indenização ou reparação de danos, contado da data da compra.
O que é Orçamento Prévio?
O orçamento solicitado tem validade de preço e condições num período de 10 dias. Este orçamento tem o nome de prévio, é gratuito e você só o pagará se concordar com o contrato feito pelo comerciante, e vale para fornecimento de bens e de serviços.
Como se faz um contrato?
Em letras em tamanho que facilite a leitura e a interpretação. Se você tiver assinado um contrato que Ihe proíba o direito de reclamar, se for preciso, deverá fazê-lo.
Dívida
Se você deixar de pagar uma dívida, uma prestação no prazo estipulado, a multa não poderá ser superior a 2%.
Se um estabelecimento comercial faz propagandas, prometendo "mundos e fundos", deverá cumpri-los, desde que você apresente documentos, papéis, jornais, folhetos onde constem as referidas propagandas.
Recibo
Quando você assina aquela parte destacável da NOTA FISCAL, comprovando o recebimento da mercadoria, significa dizer que, se após verificar o produto, constatar que o mesmo se apresenta defeituoso, você continua com o direito de reclamar o conserto ou a sua substituição.
Se você comprou um objeto que deveria ter tais funções e, após adquiri-lo, o mesmo mostra o contrário, você deve ir à loja onde esse objeto foi comprado, e exigir o conserto. Se não for possível consertá-lo, exigir um novo objeto.
Onde reclamar?
No PROCON (Programa de Proteção e Orientação ao Consumidor), que tem a finalidade de prestar informações, orientando e conscientizando o Consumidor sobre seus direitos e deveres, promovendo também o encaminhamento de reivindicações, consultas, reclamações ou sugestões aos organismos competentes.
Seja um cidadão atualizado!
Conheça seus direitos para ser respeitado.
A Prova
o direito, há uma máxima que diz: "O ônus da prova compete a quem alega. Isto significa que, se eu disser que alguém me deve, sou eu quem deve provar que esse alguém me deve.
A sociedade conjugal se extingue com a morte de um dos cônjuges, pela nulidade ou anulação do casamento, pela separação judicial ou pelo divórcio.
No Código de Proteção e Defesa do Consumidor (CDC), esta lei auxilia a parte mais fraca, o consumidor, que deverá provar que comprou (nota fiscal) um bem ou contratou (recibo) um serviço. Mas quem vai ter de provar que o bem não apresenta defeito, nem o serviço prestado se apresenta defeituoso será o fornecedor e o prestador de serviços.
Direitos Fundamentais do Consumidor
Direito à segurança:
garantia contra produtos ou serviços que possam ser perigosos à vida ou à saúde.
Direito à escolha:
opção entre vários produtos ou serviços com qualidade satisfatória e preços competitivos.
Direito a ser ouvido:
Pos interesses dos consumidores devem ser levados em consideração pelos governos, no planejamento e execução da política econômica.
Direito à indenização:
reparação financeira por danos causados por produtos ou serviços.
Direito à educação para o consumo:
meios para o cidadão exercitar conscientemente sua função no mercado.
Direito a um meio ambiente saudável:
defesa do equilíbrio ecológico para melhorar a qualidade de vida agora e preservá-la para o futuro.
Direito à informação:
conhecimento dos dados indispensáveis sobre produtos ou serviços, para uma decisão consciente..
Todos esses direitos são reconhecidos mundialmente pela ONU (Organização das Nações Unidas).

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Marilia de Dirceu


Manuel Bandeira, analisando a obra-prima, registra que "nenhum poema, a não ser Os Lusíadas, tem tido tão numerosas edições". Sua importância na literatura de língua portuguesa é, portanto, basilar.
Publicado em Lisboa, em 1792, ano em que Gonzaga partira para o exílio em Moçambique, relata seu amor por uma brasileira: Maria Dorotéa Joaquina de Seixas, de quem fora noivo.[1]
Informa José Marques da Cruz, no seu "História da Literatura", que este era
"o livro de cabeceira do grande lírico português João de Deus" e que este poema são "versos amorosos, de uma ternura comovida, em descantes graciosos, à sua namorada Marília, tão cheios de sentimento que Romero diz ser ele "o mais afamado dos poetas mineiros" e Pereira da Silva "que os seus versos rivalizam com as mais belas canções de Petrarca". O que caracteriza os seus versos é a simplicidade, a espontaneidade tão natural, que parece prosa fluida e cantante."
José Veríssimo em "A Literatura Brasileira", ressalta a obra em seu contexto histórico:
"O Uraguai, de Basílio da Gama, o Caramuru, de Durão, os Sonetos e outras obras de Cláudio da Costa, a Marília de Dirceu, de Gonzaga, os Poemas, de Alvarenga Peixoto e de Silva Alvarenga, são sem dúvida os primores da nossa literatura colonial e contam-se ainda entre as obras-primas da nossa poesia. Estes poetas estabelecem a transição desta literatura ainda em suma portuguesa para aquela a que já podemos sem impropriedade chamar de brasileira." (grifos feitos aqui)
O historiador Pedro Calmon ressalta o aspecto árcade, bem como a visão lusitana de Gonzaga (in: História da Civilização Brasileira, 1937), asseverando que o mesmo não tinha ainda o ideal nativista que verificou-se no pós-1822/23:
"Superior às escolas, não fora destas, "Marília" é o canto pastoral em que a delicadeza do cantor vesta a túnica de Alceste e a sua candura revive Cítara.1 A despeito desse abuso da mitologia, os seus versos ganham uma popularidade que só os de Casimiro de Abreu lhe disputariam tantos anos depois, e induzem à imitação os outros poetas, até à Independência."
(Nota 1): Gonzaga, sobretudo subjetivo, não manifestou nenhuma emoção nativista na sua lira, se se excetuar a VII do livro 2º. Na XXIX concita Marília a deixar o "turvo ribeirão" em que nasceu e "as já lavradas serras" (Minas) para passar ao "claro Tejo".
Como obra anterior ao romantismo tem caracteres nitidamente árcades, embora já se vejam alguns elementos da escola futura, tais como a idealização do objeto amado. A forma é uma preocupação constante.
Estrutura: O poema é dividido em 3 partes. A primeira, com 33 "liras", com refrões guardando certa similitude entre si. A segunda, de 38 liras, possivelmente escrita na prisão, revela um teor menos referente à amada e, por fim, a terceira e última, com 9 liras e 13 sonetos.

Alvarenga peixoto


Biografia
Inácio José Alvarenga Peixoto estudou no Colégio dos Jesuítas do Rio de Janeiro e direito na Universidade de Coimbra, em Portugal, onde conheceu o poeta Basílio da Gama, de quem se tornou amigo.
Exerceu o cargo de Juiz de Fora da vila de Sintra, em Portugal, bem como o de senador pela cidade mineira de São João del-Rei. Também exerceu o cargo de Ouvidor da comarca de Rio das Mortes. Freqüentava constantemente Vila Rica.
Foi amigo dos poderosos da época e partilhava com os demais intelectuais de seu tempo idéias libertárias advindas do Iluminismo, como os poetas Cláudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga. Pressionado por dívidas e altos impostos, acabou se envolvendo na Inconfidência Mineira. Entre os poetas árcades, Alvarenga foi o que mais se envolveu na Conjuração. Denunciado como participante da trama foi deportado para Angola, onde veio a falecer.
Sua diminuta obra, incluída no Arcadismo, foi recolhida por Rodrigues Lapa e apresenta alguns dos sonetos mais bem acabados do arcadismo brasileiro. A temática amorosa era uma das vertentes da poesia de Alvarenga Peixoto, que era casado com a poetisa Bárbara Heliodora. Também observa-se uma postura crítica quanto à sociedade da época.

Obras
A Dona Bárbara Heliodora, poesia
A Maria Ifigênia, poesia
Canto Genetlíaco, poesia, 1793
Estela e Nize, poesia
Eu Não Lastimo o Próximo Perigo, poesia
Eu Vi a Linda Jônia, poesia
Sonho Poético, poesia

a importancia do meio ambiente em nossas vidas



Desenvolvimento sustentável
Importância do meio ambiente para uma sadia qualidade de vida
Por Carmen Patrícia Coelho Nogueira
Todo cidadão precisa de condições adequadas e saudáveis no seu dia a dia: ar com baixos índices de poluição, água farta e pura para saciar sua sede e higiene pessoal; uma cidade bonita, limpa e arborizada, com saneamento, segurança e equipamentos para seu lazer, entre outras necessidades que garantam a sua qualidade de vida.
Antigamente havia a noção de três tipos de bens: públicos, de uso comum do povo (ruas, praças, estradas, rios e mares) e privados.
Havia ideologias envolvidas na dualidade de poder: Estado (partidos de esquerda: socialismo, poder intervencionista do Estado controlando os meios de produção e a sociedade) e Iniciativa Privada (partidos de “direita”: capitalismo: liberdade ilimitada para a iniciativa privada, limitação do Poder Estatal: o mercado regulando os preços: falta de intervenção estatal).
Percebeu-se que além dos bens do Primeiro e Segundo Setor (bens públicos e privados) havia outro, de maior importância, acima dos interesses públicos e particulares: o bem ambiental, primeiro bem, patrimônio social, garantia da própria existência e de uma vida saudável.
O homem percebeu que os recursos naturais não eram inesgotáveis, como pensava. Teria que haver uma coexistência equilibrada com o meio ambiente: se não houvesse uma relação de equilíbrio com o meio ambiente, os homens estariam ameaçados, assim como nosso planeta: os níveis de degradação regional atingiriam o nível global, com o fim da Terra.
Superou-se a idéia do capitalismo individualista e predador do meio ambiente: a idéia do lucro a qualquer preço. Também foi superada a ideologia do Estado “pai de todos”: o Governo onipresente e solucionador de todas as questões sociais.
A evolução e conscientização da sociedade resultaram no conceito de “responsabilidade social”: somos todos responsáveis em nossa sociedade: Estado, iniciativa privada e coletividade. Esta transformação social fez surgir o Terceiro Setor: associações e entidades civis, também conhecidas por ONGs (Organizações não Governamentais: conceito norte americano).
Dentro do conceito de responsabilidade social está inserida nossa obrigação em relação ao meio ambiente: devemos protegê-lo, para garantir nossa subsistência e o futuro das próximas gerações.
Poderemos indagar: o que é meio ambiente?
A primeira idéia que vem à nossa mente relaciona-se ao meio ambiente natural: ar, água, solo, fauna e flora. Mas, o homem evoluiu, passando a viver em sociedade, construindo cidades, alterando o habitat natural. Mesmo vivendo em meio à natureza, temos recursos artificiais, tais como: energia elétrica, gás, telefonia, etc.
Desta forma, além do primeiro conceito de meio ambiente, que é o natural, passamos a conviver com o ambiente artificial, onde há a interferência do homem, contrapondo-se ao primeiro, que é a natureza em si mesma. Uma casa, por mais simples, traduz a idéia do meio ambiente artificial: a interferência do homem se fez presente. Por este motivo, evita-se a denominação de “meio ambiente urbano”, pois haveria uma dicotomia entre urbano e rural: uma moradia no meio rural é artificial, por mais bucólica que seja a paisagem do local.
O homem no seu processo evolutivo passou a cultivar valores importantes para sua identidade cultural: música, danças, artesanato, etc. Cada grupo se identificava e se diferenciava dos demais pelos seus próprios costumes culturais.
Temos, assim, o meio ambiente cultural, relacionado às manifestações culturais de um grupo regional ou nação: quando pensamos em determinada nação, intuitivamente lembramos de sua cultura: música, danças, comidas, artes, etc.
Como último conceito, também decorrente da evolução humana, há o meio ambiente do trabalho. Onde há esforço físico e/ou intelectual para gerar renda e sustento, existe meio ambiente do trabalho, não importando qual relação jurídica de trabalho: autônomo, avulso, assalariado, cooperado, etc.
A Constituição Federal, em seu art. 225, dispõe:
“ Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”
O bem ambiental, por ser patrimônio social do povo, é de toda a coletividade, que é detentora do direito de usá-lo de modo responsável, devendo preservá-lo, não podendo destruí-lo, não só para o presente, mas para as futuras gerações. Nem mesmo o Poder Público tem o direito de dispor livremente dos bens ambientais, muito menos destruí-los, a qualquer pretexto, sendo mero gestor deste patrimônio coletivo.
Para exemplificar, não poderia uma Prefeitura dispor de uma praça pública para um particular ou destinar uma praia para condomínio fechado, pois em ambas as situações a população estaria sendo privada de bens ambientais da coletividade.

dicas para um bom profissional




1- Seja honesto em qualquer situação.
2- Nunca faça algo que você não possa assumir em público.
3- Seja humilde, tolerante e flexível. Muitas idéias aparentemente absurdas podem ser a solução para um problema. Para descobrir isso, é preciso trabalhar em equipe, ouvindo as pessoas e avaliando a situação sem julgamentos precipitados ou baseados em suposições.
4- Ser ético significa, muitas vezes, perder dinheiro, status e benefícios.
5- Dê crédito a quem merece. Nem sonhe em aceitar elogios pelo trabalho de outra pessoa. Cedo ou tarde, será reconhecido o autor da idéia e você ficará com fama de mau-caráter.